
Centro de Educação Infantil
Antônia Maria Torres da Silva
Proposta Pedagógica
"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo". Nelson Mandela
Proposta
Tanto a equipe técnica, quanto a pedagógica desta Unidade Escolar entendem a criança como sujeito de direito competente, ativo, agente de seu desenvolvimento e também um ser simbólico e de linguagem. Quando falamos em linguagem nos referimos às linguagens verbais (oralidade e escrita) e as não verbais (arquitetura, o trânsito, as leis, a medicina, o teatro, o cinema, a flora, a fauna, a chuva, o vento, a noite, o dia, as estações da natureza entre outros, ou seja, quando falamos em linguagem estamos nos referindo a tudo que existe no mundo). Sendo assim, acreditamos ser nas intenções com parceiros de seu meio, em atividades socioculturais concretas que as crianças mobilizam seus saberes e suas funções psicológicas (afetivas, cognitivas, motoras e lingüísticas), ao mesmo tempo em que os modifica. Sendo um ser simbólico e de linguagens, ela não se exprime apenas por palavras, mas simultaneamente também por gestos, por posturas culturais, por desenhos, etc.
Tais manifestações não decorrem explicitamente de uma consciência reflexiva, porém se exprime na prática, sob modo de comportamentos e sob alguns elementos da simbolização que não necessariamente a linguagem verbal. Sob este aspecto consideramos ser de vital importância que o CEI, ambiente que a acolhe, ofereça-lhe ampla oportunidade de trocas de experiências e conhecimentos, seja com outras crianças, com outros educadores da instituição, com seus professores, pois é na instituição que passa a maior parte o tempo, portanto é este ambiente que deve lhe proporcionar a realização de experiências e atividades em que elas possam reorganizar o conhecimento que já existe e criar, a partir daí novos significados.
As práticas culturais selecionadas pelos professores a partir do projeto pedagógico para serem vividas no cotidiano desta instituição serão estimuladoras do desenvolvimento das crianças, acolhedoras de suas diversidades e promotoras de:
Um pensar criativo e autônomo, conforme a criança aprende a opinar e a considerar os sentimentos e a opinião dos outros sobre um acontecimento, uma reação afetiva, uma idéia, um conflito, etc.;
Uma sensibilidade que valoriza o ato criador e a construção de respostas singulares pelas crianças, em um mundo onde a reprodução em massa sufoca o olhar;
Uma postura ética de solidariedade e justiça que possibilite à criança trabalhar com a diversidade de pessoas e de relações que caracteriza a comunidade humana, e a posicionar-se contra a desigualdade, o preconceito, a discriminação e a injustiça.
Nossa proposta coloca ênfase no processo da aprendizagem tendo a criança como foco, em oposição a uma pedagogia de produto e de produtividade. Entendemos aprendizagem como o processo de modificação do modo de agir, sentir e pensar de cada pessoa que não pode ser atribuído à manutenção orgânica, mas à sua experiência.
Não entendemos o currículo como um plano individual e predeterminado e sim um projeto coletivo, obra aberta, criativa e apropriada para o aqui-e-agora de cada situação educativa que envolve a sensibilidade e uma visão de criança como alguém competente e de direitos próprios, assim como reconhece as famílias como interlocutoras e parceiras privilegiadas, garantindo a participação delas e da comunidade no processo. Acreditamos que a participação dos pais e outros familiares no conselho do CEI, na APM e na organização de festas na UE, servem para agregar experiências e saberes aproximando os contextos de desenvolvimento das crianças, articulando suas experiências.
A Educação Infantil que concebemos visa superar a dicotomia entre cuidar e educar, construindo uma cultura própria em um modelo que atenda as especificidades da faixa etária de 1 a 4 anos, promovendo práticas de educação e cuidado que tratem de modo integrado os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos, lingüísticos e sociais da criança, entendendo-a como um ser integral.
Desse modo, estaremos contribuindo de fato para a formação de um cidadão autônomo, crítico, competente, sensível, estético, ético, responsável e solidário: nossa maior meta.
Prioridades
Em decorrência do diagnóstico pretendemos criar nas situações cotidianas possibilidades para que as crianças vivenciem sua infância de modo a:
Conviver, brincar e desenvolver-se em grupo;
Cuidar de si, de outros e do ambiente;
Expressar-se, comunicar-se, criar e reconhecer novas linguagens.
Criar situações que favoreçam o desenvolvimento afetivo/emocional da criança,
Possibilitar às crianças terem iniciativa e buscar soluções para problemas e conflitos;
Conhecer suas necessidades, preferências e desejos ligados a construção do conhecimento e de relacionamentos interpessoais;
Conduziremos nossas ações com o compromisso de garantir às crianças matriculadas nesta UE, o direito de viver situações acolhedoras, seguras, agradáveis, desafiadoras, que lhes possibilitem apropriar-se de diferentes linguagens e saberes que circulam em nossa sociedade. Os princípios básicos que guiarão a efetivação do compromisso apresentado serão:
A. O desenvolvimento da criança é um processo conjunto e recíproco.
B. Educar e cuidar são dimensões indissociáveis de toda ação educacional.
C. Todos são iguais, apesar de diferentes: a inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais.
D. O Adulto educador é mediador da criança em sua aprendizagem.
E. A parceria com as famílias das crianças é fundamental.
Metas
Prover situações e ambientes agradáveis e organizadas nos quais o cuidar e o educar sejam aspectos indissociáveis para que a criança vivencie experiências de aprendizagem promotoras de desenvolvimento.
Que todas as crianças matriculadas na U.E. tenham acesso aos materiais necessários as suas experiências de exploração do mundo, da comunicação, da expressividade e de conhecimento de si. Que todas as crianças tenham oportunidade de interagir com diferentes parceiros em situações diversificadas.
Que todas as crianças vivenciem situações significativas e variadas próximas das práticas sócias e culturais nos diferentes campos de experiências apresentados nas orientações curriculares.